Nascida em Santa Catarina, Antonieta de Barros foi uma educadora, jornalista e importante política da região Sul. Filha de uma ex-escravizada, lutou contra o machismo e o racismo em seu estado. Em 1932, após muitas reivindicações, as brasileiras conseguiram o direito ao voto. Nesse período, Antonieta entrou na política como suplente do Partido Liberal Catarinense (PLC). Em 1935, assumiu o posto e se tornou a primeira deputada de Santa Catarina e a primeira deputada negra do Brasil.

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Foto:UFMG/MEMORIAL ANTONIETA DE BARROS

Leila Diniz foi uma atriz carioca, nascida em 1945, símbolo da liberdade sexual feminina nos anos 1970. Fugiu de casa aos 14 anos e três anos depois já estava trabalhando como modelo e também no teatro. Ocupou os espaços nas novelas e, na época da ditadura, não tinha pudor ao falar. Em várias entrevistas polêmicas, falava sobre amor, sexo e abusava dos palavrões. Em um período muito conservador, foi à praia e exibiu a gravidez enquanto vestia um biquíni considerado muito revelador na época. Faleceu precocemente em um acidente de avião em 1972.

Foto: AGENCIA BRASIL/ DAVID ZINGG/ARQUIVO

Marielle Franco foi vereadora do Rio de Janeiro, formada em sociologia e mestre em administração pública. Presidiu a Comissão da Mulher da Câmara e atuou na defesa dos direitos humanos e das mulheres. Marielle foi assassinada em março de 2018 e até hoje o crime permanece sem uma solução concreta. 

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FOTO: MÁRCIA FOLETTO/AGÊNCIA O GLOBO/INSTITUTO MARIELLE FRANCO

Rose Marie Muraro foi uma grande figura do movimento feminista do Brasil. A escritora dedicou sua vida a estudar e analisar os direitos das mulheres, assim como as relações e a sexualidade. Tem mais de 40 livros e entre eles está Sexualidade da mulher brasileira: corpo e classe social no Brasil. Lutou contra os valores de submissão e espalhou os ideais feministas no país. Por seu trabalho, o Congresso Nacional lhe concedeu o título de Patrona do Feminismo Nacional.

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Foto: AGÊNCIA SENADO/ARQUIVO NACIONAL FUNDO CORREIO DA MANHÃ

Odete Rios foi uma escritora paulistana publicou seu primeiro livro aos 16 anos. A Volúpia do Pecado era uma história de amor entre duas jovens e se tornou um dos primeiros romances eróticos voltado ao universo homossexual feminino. Rejeitado por várias editoras, Odete publicou o livro com o próprio dinheiro e, dessa vez, com o pseudônimo de Cassandra Rios. Durante a ditadura militar, foi chamada de “escritora maldita''. Assumidamente lésbica, teve 36 obras barradas pelo regime.

 

 

Foto: FOLHAPRESS/VANIA TOLEDO

Maria Firmina dos Reis foi uma professora, poeta e cronista que nasceu na Ilha de São Luís do Maranhão e é a primeira romancista do Brasil, escreveu “Úrsula” em 1859. Durante muitos anos, a sua data de nascimento foi veiculada de forma errada: acreditava-se que era 1825 quando, na verdade, é 1822. Outro obstáculo é que muitos não têm certeza de como é a sua identidade real e, por vezes, acabam confundindo e associando sua imagem com a de outra escritora, a gaúcha Maria Benedita Câmara. 

Foto: FUNDAÇÃO PALMARES/JOÃO GABRIEL DOS SANTOS ARAÚJO/FLUP

Marta é uma das maiores jogadoras de futebol feminino do Brasil. Criada por uma mãe solo no sertão de Alagoas, tornou-se a maior goleadora na história das Copas do Mundo, única jogadora, entre homens e mulheres, a fazer gols em cinco Copas do Mundo; única jogadora seis vezes eleita  como melhor do mundo pela FIFA; única a ter os pés eternizados na calçada da fama no Maracanã; artilheira da Seleção Brasileira e medalhista olímpica. A atleta luta pela igualdade no esporte e é Embaixadora Global da ONU Mulheres.

FOTO: CBF/LUCAS FIGUEIREDO

Rosely Roth foi uma das pioneiras da luta do movimento LGBTQIA+ no Brasil. Fundou o Grupo Ação Lésbica-Feminista em 1981 e veiculava o boletim ChanaComChana. O periódico era distribuído em vários lugares e, entre eles, estava o Ferro’s Bar, no centro de São Paulo. Os proprietários do local proibiram a venda do boletim, o que causou uma manifestação. Por isso, o dia 19 de agosto foi escolhido para ser o Dia Nacional do Orgulho Lésbico. 

Foto: MEMORIAL DA RESISTÊNCIA/ ACERVO FOLHA DE SÃO PAULO/PUC MINAS

Isabel Salgado, conhecida como Isabel do vôlei, foi uma das grandes atletas do esporte brasileiro. A carioca representou o Brasil em duas Olimpíadas (Moscou em 1980 e Los Angeles em 1984). e foi a primeira jogadora brasileira a atuar em um time estrangeiro. Ela também marcou o voleibol nacional ao jogar grávida da segunda filha, Maria Clara. Isabel foi a pioneira do vôlei de praia e ajudou no desenvolvimento da modalidade no país. Não tinha medo de falar sobre assuntos polêmicos e era ativa no meio político.

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Foto: TIME BRASIL/REPRODUÇÃO TV GLOBO

Maria Quitéria de Jesus foi a primeira mulher a entrar para o Exército brasileiro. Tinha um afinado conhecimento militar, mas teve de que vestir de homem para se juntar. Contra os desejos da família, ela virou combatente durante o período da Independência do Brasil. Mesmo depois de ser “desmascarada”, continuou no Exército por conta de suas habilidades com armas de fogo.

Foto: DOMENICO FAILUTTI/BBC

Rita Lee é uma das maiores artistas da Música Popular Brasileira e marcou muitas décadas com músicas fortes e, de certa forma, polêmicas. Em diversas canções, Rita fala abertamente de sexo e prazer, assunto que também foi muito tratado em entrevistas. “E vê se me dá o prazer de ter prazer comigo” é o que ela diz em Lança Perfume.

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Foto: GUILHERME SAMORA/DIVULGAÇÃO/FACEBOOK

Vinda do interior de São Paulo, Sonia Guimarães saiu da cidade de Brotas para estudar na Universidade Federal de São Carlos, onde se especializou em química e tecnologia de materiais, além de realizar um mestrado em física. Depois de formada, foi morar na Inglaterra, no ano de 1986, onde fez um doutorado em Materiais Eletrônicos na Universidade de Manchester. É a primeira mulher negra brasileira com doutorado em física. 

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Foto: LINKEDIN/WIKIMMEDIA COMMONS